Oceano Azul: a concorrência é irrelevante

2 de novembro de 2009 at 11:46 pm (Marketing) (, , , , , , , , )

Nem sempre é necessário continuar numa batalha sangrenta. Disputar ferrenhamente o mercado para obter a melhor fatia do mercado (ampliar o market share). O que quero dizer é que dependendo do setor não há mais espaço e para conquistar um mínimo que seja, é preciso derrotar a concorrência (destruir os ocupantes do espaço desejado). É lógico que o mercado hoje é assim, vão me dizer. Creio que sim, mas digo que existe uma forma diferente de ser, como fizeram: Perdigão, Cirque du Soleil, Nintendo e outros. Qual a forma?!

Saindo desse Oceano Vermelho, dessa batalha sangrenta e partindo para algo inexplorado, públicos não atendidos, mercados inexistentes,  mergulhando no Oceano Azul: criando novas demandas, desenvolvendo novos mercados, atendendo novos públicos.

sadia-perdigaoA Perdigão em festas de final de ano queria se fazer presente num dos pratos principais nessa época do ano, porém o Peru Sadia já não dava espaço. A Perdigão, então, resolveu inovar com outro tipo de ave, o Chester.

Nos últimos anos a Nintendo esforçava-se para não ficar para trás na indústria de videogames, mas seu console não chegava nem perto da preferência em comparação aos da Sony com o Playstation e o da Microsoft com o XBox. Ao perceber que a cada dia que passava estava ficando irreversível a situação, a Nintendo decidiu mudar sua estratégia e foco de mercado, e criar seu próprio Oceano Azul. A Nintendo ingressou numa dimensão nova, optou por tentar conquistar um market share maior concentrando o seu poder de foco em outros fatores que não a superioridade técnica. Com seu novo console, o Wii, foi muito além das faixas etárias que eram o público-alvo dos fabricantes de videogame. Buscou atrair uma nova demografia de clientes: os adultos já casados, jogadores ocasionais, público este não alvo da Sony e Microsoft que se concentravam nos jovens e, jogadores inveterados.

No exemplo Cirque du Soleil nem é preciso falar tanto, vejamos o sucesso que é em tempos que o entretenimento circo está em decadência. O Cirque du Soleil  reinventou o circo, pois, percebeu que não dava para competir com a concorrência e num mercado já em demanda declinante. Com isso focou no cliente empresarial e público adulto disposto a  pagar preços muito altos. Recriou o circo com espetáculos temáticos, melhorou a infraestrutura e eliminou os animais do espetáculo e seus domadores que custavam muito. Se propôs a entregar mais diversão e vibração com sofisticação intelectual e riqueza artística oriundas do teatro. Os mesmos resultados que o Cirque du Soleil obteve em menos de 15 anos, o circo tradicional de maior sucesso, Ringling Brothers and Barnum & Bailey Circus, só foi obter com mais de 100 anos de existência.

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