Interpretação, entenda a realidade alheia.

17 de janeiro de 2012 at 11:02 am (Reflexão) (, , , , , , , )

É complexo discorrer sobre o tema ouvir, escutar, entender, compreender.
Ao nascermos e com poucos dias de vida já começam a nos ensinar a falar as primeiras palavras: pa-pai, ma-mãe, vo-vó, vo-vô, ca-ca e por aí vai. Crescemos um pouco mais e bem antes de uma década de vida, já estamos na escola, onde iniciamos nosso aprendizado nas escritas e leituras, nos tempos de hoje já a interagir também aos meios eletrônicos.

E,  qual momento, somos ensinados a ouvir? Compreender de fato o que realmente o remetente da mensagem quer nos dizer e não o que compreendemos diante de nossa realidade e história de vida. A realidade dele pode ser diferente da nossa.

A tendência se não de todos, mas da maioria, é ouvir e interpretar diante da própria realidade. O que causa interpretação muitas vezes errônea, pois, ouvir alguém significa entender e compreender o que a pessoa está querendo dizer diante de uma realidade. Pense nisso! Se você quer interpretar da sua maneira, talvez esteja somente adquirindo subsídios para algumas respostas próprias, não querendo ouvir o outro.

Vamos tentar ouvir o outro na realidade dele e não nossa. Vamos interpretar as coisas externas diante da realidade em que elas estão inseridas para construimos junto a nossa história um enredo melhor e próprio.

Um exemplo claro para mim é quando ouço uma música e sei da história da construção dela, além da melodia e letra que podem me agradar saber como foi contruída, o momento, a situação e o porque me deixa com muito mais conhecimento, o sentimento é mais aflorado, os sentidos são mais aguçados. Imagina um autor dizendo que fez aquela música em frente ao mar, ao raiar o dia, sentindo a brisa da manhã após descobrir que seu maior desejo havia se concretizado naquela noite em que deixou sua amada descansando no leito depois de horas a fio amando e sendo amado, mas que ali foi um passado vivido eternamente e que não mais se repetiria.

A riqueza nas informações dá mais sentido e torna a compreensão mais próxima da realidade em que o autor quer “comunicar”. Assim seria melhor interpretarmos a comunicação, provavelmente compreenderíamos muitas coisas.

“Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir. Tenho muito pra contar. Dizer que aprendi. E na vida a gente tem que entender. Que uns nascem pra sofrer. Enquanto o outro ri”. Azul da Cor do Mar, Tim Maia.

Eu ouvia essa música e gostava bastante, mesmo sem saber da história que envolvia a criação, e quando tive mais informações de como foi concebida, minha interpretação daquelas frases e acordes se modificaram, meu entendimento ficou mais lapidado em relação a música. A canção ficou muito mais rica para mim, e claro, passei a gostar muito mais.

“Azul da Cor do Mar”, foi feita quando Tim Maia voltou dos EUA “quebrado”, sem ter onde ficar e o novo estilo não agradava a Jovem Guarda, turma com a qual Tim Maia nasceu musicalmente falando e que poderia lhe ajudar a ganhar uns “trocados”. Tim estava na casa de um amigo que lhe cedeu o sofá da sala para seus pernoites e diante do que via – seu amigo, o dono do AP., quase todos os dias entrando para o quarto com uma ou mais mulheres – Tim, sem fama, sem sucesso e sem dinheiro e que conseguia apenas assoviar e chupar os dedos porque nem cana tinha para chupar, o que lhe restava era apenas dormir e sonhar com os sussuros que ali se passavam. Numa noite por não dormir, Tim expressou na criação de Azul da Cor do Mar sua vontade em mostrar para todos o grande escritor, intérprete e músico que era “Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir” toda a experiência de vida que julgava ter aprendido, principalmente, em seus anos vividos nos EUA “Tenho muito pra contar. Dizer que aprendi” Além de querer mostrar o quanto uns podem muito enquanto outros nada podem. Que uns nascem pra sofrer. Enquanto o outro ri”. E assim vai…

Para comunicar vale também a premissa de compreender a realidade dos receptores da mensagem, isso ajudará numa adequação de linguagem, trejeitos, manias, girias etc, buscando assim melhores resultados com a mensagem passada versus mensagem compreendida.

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Slow blogging

10 de março de 2010 at 8:20 am (Reflexão) (, , )

Contrário a toda rapidez proporcionada pela web, blogar lentamente é ir “contra” aos pagerank. É não se obrigar a escrever a esmo devido ao desenfreado mundo de acontecimentos. Uns podem achar “a preguiça do escritor”, outros compreenderão como o silêncio necessário para a criatividade de posts porvirem, alguns entenderão que será a digestão e o saborear dos escritos anteriores, mas está também na espera oportuna de uma história com mais sentido, além do tempo de reclusão e espaço para outras coisas.

O blogar lentamente está para a qualidade e não pela quantidade. O post é  para ser visto e não visualizado. É para reflexão e uso, não tem como objetivo a divulgação, a auto promoção, mas sim, a doação de idéias, histórias e conhecimentos.

Esse post foi feito a partir de uma matéria que li no Uol e depois no blog “Irradiando Luz” que tem mais informações sobre o tema.

Abraços, até o próximo!

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2010. Tomar decisões dez (10-10-10).

11 de janeiro de 2010 at 10:20 am (comunicação e marketing) (, , , )

Lendo um artigo da Suzy Welch, esposa do Jack Welch, na revista HSM de Nov/Dez, achei interessante o conceito 10-10-10. Resumindo é: antes de tomar uma decisão avalie as consequências que se darão em 10 minutos,  10 meses e 10 anos.

Suzy Welch diz que é preciso ponderar uma decisão tomando como base os  três dez (10-10-10), pois isso clarificará possíveis resultados a curto, médio e longo prazo e dará a oportunidade de enxergar outras possibidades para resolver problemas e tomar melhores decisões.

 Isso vale tanto no campo profissional quanto no pessoal.

Quando usar esse conceito e lembrar-se desse poste conte-me como foi no campo comentários.

Abraços e Feliz 2010!

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Oceano Azul: a concorrência é irrelevante

2 de novembro de 2009 at 11:46 pm (Marketing) (, , , , , , , , )

Nem sempre é necessário continuar numa batalha sangrenta. Disputar ferrenhamente o mercado para obter a melhor fatia do mercado (ampliar o market share). O que quero dizer é que dependendo do setor não há mais espaço e para conquistar um mínimo que seja, é preciso derrotar a concorrência (destruir os ocupantes do espaço desejado). É lógico que o mercado hoje é assim, vão me dizer. Creio que sim, mas digo que existe uma forma diferente de ser, como fizeram: Perdigão, Cirque du Soleil, Nintendo e outros. Qual a forma?!

Saindo desse Oceano Vermelho, dessa batalha sangrenta e partindo para algo inexplorado, públicos não atendidos, mercados inexistentes,  mergulhando no Oceano Azul: criando novas demandas, desenvolvendo novos mercados, atendendo novos públicos.

sadia-perdigaoA Perdigão em festas de final de ano queria se fazer presente num dos pratos principais nessa época do ano, porém o Peru Sadia já não dava espaço. A Perdigão, então, resolveu inovar com outro tipo de ave, o Chester.

Nos últimos anos a Nintendo esforçava-se para não ficar para trás na indústria de videogames, mas seu console não chegava nem perto da preferência em comparação aos da Sony com o Playstation e o da Microsoft com o XBox. Ao perceber que a cada dia que passava estava ficando irreversível a situação, a Nintendo decidiu mudar sua estratégia e foco de mercado, e criar seu próprio Oceano Azul. A Nintendo ingressou numa dimensão nova, optou por tentar conquistar um market share maior concentrando o seu poder de foco em outros fatores que não a superioridade técnica. Com seu novo console, o Wii, foi muito além das faixas etárias que eram o público-alvo dos fabricantes de videogame. Buscou atrair uma nova demografia de clientes: os adultos já casados, jogadores ocasionais, público este não alvo da Sony e Microsoft que se concentravam nos jovens e, jogadores inveterados.

No exemplo Cirque du Soleil nem é preciso falar tanto, vejamos o sucesso que é em tempos que o entretenimento circo está em decadência. O Cirque du Soleil  reinventou o circo, pois, percebeu que não dava para competir com a concorrência e num mercado já em demanda declinante. Com isso focou no cliente empresarial e público adulto disposto a  pagar preços muito altos. Recriou o circo com espetáculos temáticos, melhorou a infraestrutura e eliminou os animais do espetáculo e seus domadores que custavam muito. Se propôs a entregar mais diversão e vibração com sofisticação intelectual e riqueza artística oriundas do teatro. Os mesmos resultados que o Cirque du Soleil obteve em menos de 15 anos, o circo tradicional de maior sucesso, Ringling Brothers and Barnum & Bailey Circus, só foi obter com mais de 100 anos de existência.

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Fazer, Experimentar…

15 de julho de 2009 at 12:24 am (Reflexão, Reflexões, Religião) (, , , , , , , , )

Faça o experimento, experencie-se. Sinta o pulsar e as vontades que lhes são próprias. Ouse escutar-se.

Não assista a vida passar, você faz parte dela. Não se faça de expectador onde você é protagonista, e o seu papel, somente você é capaz de desempenhar. Leia-se, compreenda-se e aceite-se!

Isso o resultará em único, ímpar, dono, conhecedor e condutor de sua vida.

Ver o filme passar, ouvir a história contada, degustar o fruto que não plantou e vislumbrar a origem dos outros é permitir que o tempo que não pára roube de você a atitude de viver.

“Somos o que fazemos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos.” Pe. Antonio Vieira (1608-1697)

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